Homeopatia

PORQUÊ A HOMEOPATIA?

Até ao aparecimento da indústria química e ao fabrico de medicamentos sintéticos, iniciado após a revolução industrial, as doenças eram tratadas aplicando exclusivamente métodos terapêuticos constituídos por componentes naturais. Os tratamentos com medicamentos fabricados quimicamente foram-se tornando cada vez mais importantes, contudo, os efeitos secundários que os pacientes apresentam, cada vez com maior frequência, estão a originar um aumento de ceticismo em relação a estes esquemas terapêuticos mais modernos.

O QUE É?

Homeopatia: eficácia sem efeitos tóxicos!
Homeopatia - o termo deriva do grego homoios (semelhante) e pathos (doença) – refere-se a um sistema holístico de terapia, que funciona como um estimulante suave e contínuo das forças naturais e regenerativas do corpo.

HISTÓRIA

A Homeopatia teve o seu início há mais de 200 anos e assenta nas experiências do seu brilhante fundador, o médico alemão e naturalista Samuel Hahnemann (1755-1843). Hahnemann efetuou compilações e realizou investigação científica durante quarenta anos, estabelecendo o fundamento da terapia homeopática moderna.



Samuel Hahnemann

Durante os Séculos XIX e XX o estudo dos remédios homeopáticos integrou as experiências obtidas de numerosos investigadores, principalmente de três formas:


1.Experimentação patogenética, que consiste na administração de substâncias ativas do ponto de vista farmacodinâmico em indivíduos saudáveis (na ausência da evolução da progressão patológica) em doses crescentes, mas abaixo do nível tóxico, com o objetivo de documentar e estudar as alterações fisiológicas com manifestações e sintomas comuns.


2.Toxicologia, que proporciona o conhecimento das alterações fisiopatológicas e lesões anatomopatológicas causadas por intoxicações acidentais de substâncias farmacologicamente ativas.


3.Experimentação terapêutica, que consiste na comprovação, através da observação clínica, da eficácia da ação terapêutica de cada medicamento homeopático e na comprovação de que as manifestações, os sintomas patogenéticos e toxicológicos foram tratados, mediante a administração de um determinado medicamento, quer seja unitário, quer seja complexo.


Contudo, na prática médica moderna, os pacientes apresentam-se constantemente com combinações de manifestações e sintomas, associados a processos patológicos complexos, difíceis de incluir na patogenesia de um medicamento homeopático unitário.


Além disso, existe uma grande variedade de estímulos desequilibrantes, de difícil identificação, aos quais a pessoa está submetida atualmente, incluindo fatores dietéticos, emocionais, toxicológicos, genéticos e ambientais, nomeando apenas alguns. Isto justifica a prescrição de mais do que um medicamento homeopático, ou melhor, o aumento da tendência atual para utilizar medicamentos homeopáticos complexos, como agentes medicinais que concentram o potencial terapêutico numa determinada patologia, de um modo holístico.


Lembramos que, em 1910, o professor suíço de farmacologia Emil Bürgi, demonstrou que dois fármacos distintos, que tivessem uma ação terapêutica semelhante, produziam em combinação (sinergia) efeitos terapêuticos que são superiores à soma dos efeitos terapêuticos individuais, até mesmo quando são usadas doses mínimas (altas diluições).

Por isso mesmo, a Dr. Reckeweg oferece aos profissionais de saúde uma gama de medicamentos homeopáticos complexos que foram desenvolvidos e comprovados há várias décadas, e são hoje conhecidos como uma alternativa eficaz e segura, no tratamento de uma grande quantidade de patologias.


No Século XXI, a Homeopatia oferece várias alternativas de tratamento para uma grande variedade de afeções, mas são os complexos homeopáticos, baseados num correto diagnóstico clínico e de acordo com as indicações de cada componente, que representam a alternativa mais prática, fiável e eficaz, na maioria dos casos. Os produtos homeopáticos complexistas, embora sejam mais difíceis de selecionar, são uma alternativa excelente, especialmente para os técnicos de saúde que têm muita experiência na Homeopatia.

PRINCÍPIOS

Princípio da Similitude


A primeira premissa fundamental da Homeopatia pode ser extraída da frase latina Similia similibus curentur que significa “o semelhante cura o semelhante”. Este conceito terapêutico, conhecido e utilizado desde os primórdios da medicina por Hipócrates (Século V a.c.), co-existiu durante muitos séculos com o princípio oposto, usado por Galeno (Século II d.c.) como o único meio de tratamento – Contraria contrariis oponenda, que consistia na administração de medicamentos cuja ação é oposta à manifestação da doença. Paracelsus (Século XVI) recomendava a utilização de “karenas” ou doses mínimas das substâncias que provocavam em indivíduos sãos a sintomatologia que apresentava o paciente.


De um ponto de vista atual, a Homeopatia pode ser descrita como uma terapia que estimula os mecanismos de defesa do organismo, como resposta a um desequilíbrio fisiológico que dá origem ao aparecimento de “sintomas patológicos” de doença e subsequente processo degenerativo, que afeta as estruturas anatómicas dos diferentes órgãos e sistemas fisiológicos do corpo humano.

Princípio da Globalidade


Inerente ao princípio de similitude, encontramos outra premissa fundamental da homeopatia: cada indivíduo apresenta uma forma diferente de reação face a um determinado estímulo, bem como localizações específicas diferentes das ditas reações, devido às suas características biológicas particulares. Para compreender este princípio, a Homeopatia diz que a “doença” não é mais do que a resposta do organismo para encontrar um equilíbrio biológico que foi perdido devido a uma causa perturbadora.


Este princípio conduz, inevitavelmente, à individualização da terapêutica homeopática, já que cada indivíduo apresenta os seus próprios modos de reação e local de menor Resistência (locus minoris resistentiae).


Atualmente, a Resistência é a razão da intensa e sistemática investigação científica da ação patogenética de substâncias, em homeopatia, investigação essa que constitui a base fundamental para o desenvolvimento de medicamentos e medicamentos homeopáticos de elevada eficácia.

As combinações dos preparados complexos foram cuidadosamente formuladas pela empresa Dr. Reckeweg, segundo os resultados obtidos nas experiências realizadas e a sintomatologia de cada doença. Com base neste conceito, a empresa Dr. Reckeweg formulou uma gama considerável de produtos farmacêuticos homeopáticos altamente eficazes e seguros, em que cada complexo tem um vasto campo de ação. Isto leva a que estes medicamentos tenham, cada vez mais, uma enorme predileção na terapêutica médica.

Princípio da Infinitesimalidade


Tendo presente os princípios básicos da Homeopatia, Hahnemann propôs um terceiro princípio, não menos importante: uma mesma substância tem qualidades tóxicas e terapêuticas.


Indicou, especificamente, que altas doses de uma substância podem provocar sintomas patológicos e, até mesmo, lesões anatomopatológicas num tecido. Contudo, essa substância pode “ativar” uma resposta fisiológica de defesa, dirigida à eliminação dos efeitos causados por um determinado agente etiológico.


Assim, nós dizemos que a Homeopatia proporciona substâncias em doses necessárias para manter um estímulo da atividade celular e orgânica específica, ou seja, um estímulo à reação do sistema como um todo, mas evitando os efeitos toxicológicos das substâncias utilizadas.


Este princípio foi estudado e demonstrado pelos biólogos Hugo Schulz (1853-1932) e Rudolf Arndt (1835-1900), que deixaram claro nos seus artigos que, enquanto as pequenas excitações provocam ou aumentam a atividade fisiológica vital das células, as excitações fortes param ou destroem a dita atividade fisiológica vital.


É por esta razão que os medicamentos homeopáticos fabricados pela Dr. Reckeweg são bem tolerados e sem efeitos secundários importantes, no tratamento de situações agudas e crónicas, sem prejudicar a eficácia terapêutica.

Na história da Medicina Moderna encontramos enormes avanços no campo da imunologia, da alergologia e da vacinação, devidos à utilização sistemática deste princípio da inversão dos efeitos de uma mesma substância, segundo a variação significativa das doses. Na microbiologia, administram-se frequentemente diversas formas de organismos patogénicos (especialmente vírus) que não têm a habilidade de produzir uma determinada doença, mas podem induzir a formação de anticorpos.


Além do campo da microbiologia, a medicina convencional utilizou este princípio nas suas aplicações terapêuticas, documentando ações farmacológicas que se invertem segundo a dose das substâncias. Como por exemplo: os sais de mercúrio que foram utilizados como diuréticos desde 1919, durante mais de 30 anos e que, em quantidades tóxicas, provocam oligúria; a emetina, um alcalóide existente nalgumas plantas rubiáceas, é utilizada no tratamento da disenteria amibiana, mas uma sobredosagem produz evacuação gastrointestinal sob a forma de violenta diarreia coleriforme e vómitos (daí o seu nome); a digitalina, um glucósido obtido da vulgar dedaleira e que atua regularizando o ritmo cardíaco, tonificando o músculo cardíaco, diminuindo a frequência cardíaca e prolongando o período de relaxamento entre as sístoles, contudo, se houver sobredosagem, surgem arritmias cardíacas com alteração da pulsação.

O estudo de alergias acima citado, utiliza o princípio da similitude e o princípio da infinitesimalidade, nos seus métodos terapêuticos modernos.


Devemos salientar que a Homeopatia como método terapêutico da medicina, fundamenta-se em princípios terapêuticos e biológicos vigentes, que são utilizados em muitos outros métodos terapêuticos da medicina convencional. Segundo Arndt e Schulz atuam estimulando ou fortalecendo as reações imunológicas do organismo, mediante baixas concentrações, em vez de suprimir ou inibir mecanismos fisiológicos por meio de estímulos fortes, que progressivamente têm que ser intensificados (para se obter a supressão dos mecanismos fisiológicos).


O médico alemão, Constantin Hering (1800-1880), que inicialmente foi um grande crítico das ideias postuladas por Hahnemann, não só se tornou, paulatinamente, convicto do grande valor terapêutico das substâncias homeopáticas, como também defendeu e divulgou ideias que, passado mais de um século, ainda continuam válidas para a terapia homeopática. Por exemplo, aquela que implica a observação da evolução do processo patológico do paciente, o que a Homeopatia chama tradicionalmente de vicariação, e que, segundo Hering, deve cumprir 4 princípios, a fim de garantir a cura e evitar a cronicidade das doenças. Estes princípios são:

1. Os sintomas devem deslocar-se de cima para baixo.

2. Os sintomas devem deslocar-se do interior para o exterior.

3. A sintomatologia deve deslocar-se dos órgãos de maior importância vital para os órgãos ou tecidos de menor importância vital.

4. O desaparecimento dos sintomas deve seguir uma cronologia inversa ao do seu aparecimento no doente.

DILUIÇÃO DECIMAL

Os medicamentos homeopáticos Dr. Reckeweg são obtidos usando ingredientes de origem mineral, vegetal e animal por meio de um processo de fabrico baseado na potenciação das substâncias.

Os ingredientes são processados de acordo com as regras da farmacopeia homeopática, resultando na tintura-mãe que, por sua vez, é manipulada em diluições decimais D. Os ingredientes são triturados ou diluídos de acordo com as suas caraterísticas.
O processo de potenciação por diluição é seguido da adição de energia mecânica. A diluição é feita na proporção de 1:10 (potenciações decimais).


Exemplo:
Como interpretar as letras e número colocadas após o nome da substância (exemplo Arnica D6)?
- Arnica: Nome da matéria-prima
- D6 (nível de diluição): para produzir este nível de potência, nove partes de uma mistura de álcool-água são adicionadas a uma parte de arnica D5.

A agitação subsequente (potenciação) desta mistura líquida resulta no componente Arnica D6, que, por sua vez, serve como ponto de partida para o D7, e assim sucessivamente.. O processo de dinamização usado na produção dos medicamentos homeopáticos Dr. Reckeweg é exclusivamente manual, de forma a garantir as melhores condições de produção de acordo com uma longa tradição: uma tradição que demonstra eficácia e que, portanto, será preservada.

Diluições baixas (D1 a D6) são usadas para tratar afeções locais (processos agudos); Diluições médias (D6 a D12) para queixas mais generalizadas (processos sub-agudos) e Diluições altas (D12 a D30) e muito altas (>D30) para tratar doenças crónicas e degenerativas.


A via de administração mais utilizada é a oral. Os medicamentos homeopáticos Dr. Reckeweg devem ser tomados geralmente com um pouco de água não gaseificada, antes das refeições ou 1h30 após as refeições. A toma de vários medicamentos bebíveis ao mesmo tempo pode ser feita com um intervalo curto (1/2 min). A toma pode ser feita diretamente a nível sublingual (tendo em atenção que as gotas têm excipiente alcoólico) ou colocar num copo de água. Para um perturbação mais grave e aguda, a administração deve ser mais frequente e, após melhoria, espaçar a administração.